Saúde • 03/09/2017 • por Brandas
Mulheres são as que mais sofrem com o câncer de intestino

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) lançou a campanha Setembro Verde, com a finalidade de divulgar informações sobre a incidência de Câncer de Intestino, através de ações em diferentes localidades do país ao longo do mês de setembro. De acordo com o então presidente da SBCP, Ronaldo Salles, a enfermidade atinge tanto mulheres quanto homens. Em 2014, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou que há um risco de 15,44 novos casos de câncer de cólon e reto surgir a cada 100 mil homens e 17,24 novos casos, a cada 100 mil mulheres.
De acordo com dados disponibilizados no site do Instituto, em 2016, o maior número de novos casos corresponde às mulheres. Outra informação divulgada pelo Inca indica que o número de mortes causadas pela doença também é maior nas mulheres. Entretanto, o câncer que mais vitima mulheres é o de mama, seguido pelo de útero.
É preciso ficar atento, pois no estágio inicial o câncer não apresenta sintomas. A seguir, reunimos algumas informações importantes em torno da prevenção e do diagnóstico da doença.
Fatores de risco do câncer de intestino
O risco de desenvolver o câncer de intestino aumenta a partir dos 40 anos de idade. Para se ter uma ideia, 90% dos casos são de pessoas com mais de 50 anos de idade.
Por conta disso é indicado que toda pessoa acima de 50 anos faça a colonoscopia, exame que detecta pólipos e tumores no aparelho intestinal. Entretanto, pessoas que possuem antecedentes na família devem realizar os exames periodicamente a partir dos 40 anos de idade.
Um dos fatores de risco é a predisposição genética. Entretanto, outros fatores ambientais podem contribuir para o desenvolvimento da doença como: tabagismo, má alimentação e sedentarismo.
Pesquisadores da Universidade de Tromso, na Noruega, indicam que mulheres fumantes têm um risco maior de desenvolver câncer intestinal do que homens fumantes. De acordo com o estudo, a incidência da enfermidade é duas vezes maior nas mulheres fumantes.
Para isso, os pesquisadores analisaram registros médicos de 600 mil pacientes. No estudo, perceberam também que o risco de desenvolver a doença é particularmente alto entre as mulheres que começaram a fumar quando jovens, por volta dos 16 anos, e naquelas que fumam ao longo de décadas.
Outro fator de risco importante para o desenvolvimento do câncer de intestino é a incidência de doenças inflamatórias intestinais que afetam os intestinos delgado e grosso, como é o caso da Retocolite Ulcerativa e da doença de Crohn. Portadores dessas doenças devem realizar acompanhamento médico periódico.
Prevenção
Em sua fase inicial, antes do desenvolvimento do tumor, é uma enfermidade que não apresenta sintomas. O pólipo benigno é o precursor do câncer e pode ser identificado e retirado através de uma colonoscopia, evitando que o mesmo evolua para um tumor que ocasiona o câncer de intestino.
Entretanto, quando o tumor já está desenvolvido, alguns sintomas podem ser manifestados pelo paciente. Entre eles estão: cólica abdominal, sangramento pelo reto, emagrecimento repentino, mudanças no hábito intestinal (diarreia ou constipação), sensação de evacuação incompleta, anemia e fraqueza.
Caso alterações como essas forem percebidas, é fundamental procurar orientação médica.
O tratamento varia de acordo com o estágio evolutivo da doença e, quando tratada em fase inicial, tem chance de cura de 100%.
Vida Saudável
Hábitos saudáveis proporcionam qualidade de vida e auxiliam na prevenção de doenças. Dentre eles, uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos cuidam não só do corpo, mas da mente também. O estresse também é outro fator de risco importante no desenvolvimento de enfermidades. Além disso, uma vida sedentária influencia negativamente nos hábitos intestinais. Não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas é uma importante forma de prevenção.
Quanto à alimentação, atualmente vivemos em uma epidemia de alimentos industrializados, repletos de conservantes e corantes. Estes produtos possuem elementos que favorecem a incidência do câncer intestinal. Os corantes, por exemplo, liberam nitrosaminas no intestino, substâncias reconhecidamente carcinogênicas. As carnes defumadas também possuem substâncias prejudiciais que devem ser evitadas.
No geral, deve-se optar por uma dieta rica em frutas, verduras e cereais. Estes alimentos são ricos em fibras que, de fato, protegem o intestino. A fibra facilita a evacuação na medida em que acelera o trânsito intestinal, aumenta o bolo fecal e diminui o tempo que substâncias prejudiciais estão em contato com a parede do intestino.
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